breviedades pausadas

breviedades pausadas
entre o verde o vermelho

segunda-feira, junho 26, 2006

A genialidade por si só desmorona


Fantástico!
Pollock!

O quanto um homem brilhante pode ser alimentado por uma grande mulher...
Bom filme.

sexta-feira, junho 23, 2006

Sono. Aquele que te convoca.

Vem cá comigo?
Sim, vou.

Deita comigo? Sim, deito.

Sonha comigo? Sim, sempre.

Sempre a pedir carinho.
Sempre à cuidar de mim.

Descobrindo novos mundos. Ou os mesmos de outra forma. Revivendo-os com outros olhos.De muitos planos e dedos cruzados.
Agora presto contas à Morfeu.

quarta-feira, junho 21, 2006

De bem com o corpo

De fato uma experiência fantástica.
Regresso na próxima semana.
Objetiva e passional.

terça-feira, junho 20, 2006

nada a declarar


caminhemos sempre além das adversidades.




"hoje vai ser um dia melhor."
Little Chicken. =]

amanhã eu entro na agulha. afe. melhor as agulhas entram em mim. soou estranho.rs

felicidade que atropela o peito

somente uma bela imagem.










Grata!

sexta-feira, junho 16, 2006

amor demais

estranho.
o sentimento regido pelo absoluto, incondicional por vezes nos causa estranheza.
aquela que preza pela certeza de que tem razão intrínseca gostar tanto de alguém.
não que em si não haja. mas fica condicionada à outras variantes. dessas, simbologias e linguagens nas quais fomos criados e constituem elos, como a família. entretanto poucas vezes nos vemos demasiadamente distantes daqueles que amamos incondicionalmente. e não foi uma ou duas vezes que vimos, ouvimos ou falamos isso para outrem. mas dissimulados tendemos à cumprir os erros já vistos. bem, essa não era a novidade que desejo expor. não, não escrevo auto-ajuda. se bem que novidade alguma viria a apresentar-lhes. falo tão só desse sentimento que atropela toda a razão, por ser em si a razão de tudo. do início que ele vivenciou concentra-se a essência daquilo que sou. mesmo estando aqui, num lugar cativo e só teu, me consumo num segundo do medo de perdê-lo. medo, oriundo da fraqueza, da falta de fé, de resignação; aquilo que é humano. egoísta de querer mais tempo. de vê-lo ostentar em punho seu descendente. seguro de estar em seus braços, como eu já estive. fique mais. te peço. por favor.
descanse bem e volte para casa. quero vê-lo dormindo tranquilo no quarto, enquanto espera ansioso a vinda dos bisnetos. te amo vô. te amo patriarca. de amor absoluto e consciente por tudo o que o senhor me representa.

terça-feira, junho 13, 2006

ao futuro.

Germinar o futuro.
Preservar o passado.
Resguardar os nossos.
Anteceder.
Posterizar.
Guardar em si o amanhã.
Salvar-nos, alimentar.
Provir segurança, subsistência.
Trás consigo o elo maior.
A natureza do homem,
maior do que o homem,
contínua, como a própria ciência homem.
Os olhos aflitos, atônitos
que perdem entre dedos sua gana.
As bocas que festejam, em riso
a colheita proveitosa.
Seja soja, seja feijão, à fome
de massacre à de silêncio.
E no solo, germina em si,
a esperança de provir vida.
Até aos filhos da terra, atribulados,
que esquecem seu papel filial.


bem, à lembrar meu novo reencontro com elas.
seremos parceiras. =]

foto: internet.

segunda-feira, junho 12, 2006

amor. te quero bem.



discursava sobre modos.
ouvia atenciosamente seus delírios.
submetia-se as chantagens emocionais.
rompia seu limite físico e a deleitava de prazer.
mexia-se menos para lhe dar espaço.
engolia choro a seco para evitar-lhe desconforto.
contava suas histórias para lhe agradar.
escrevia bilhetes para lhe declarar.
a abraçava para lhe proteger e envolver.
sussurrava injúrias eternas para lhe acalmar.
a acariciava para externar afeto.

sonegava seu sono para vê-lo dormir.


amava tanto de um jeito só teu. peculiar como eu te queria bem em si.
assoprava no ouvido direito antíteses do esquerdo afloradas de ira no verbo.
sozinhos contavam as horas para se revisitarem. nos trejeitos soberbos se procuravam de rabo de olho.mas sempre foram eloqüêntes. e como se amavam tanto.
aquele amor que deixa frutos. no solo irrigado do peito que sente.

e quem ama outrora se ama outra vez. sem resquícios de mentir para si sobre o anseio ressabiado de acalentar.

naquele dia, rir como terapia.

Arnaldo Antunes
Alegria


Eu vou te dar alegria
Eu vou parar de chorar
Eu vou raiar o novo dia
Eu vou sair do fundo do mar
Eu vou sair da beira do abismo
E dançar e dançar e dançar
A tristeza é uma forma de egoísmo
Eu vou te dar eu vou te dar eu vou
Hoje tem goiabada
Hoje tem marmelada
Hoje tem palhaçada
O circo chegou
Hoje tem batucada
Hoje tem gargalhada
Riso e risada
Do meu amor


No picadeiro anunciam.
Os palhaços vêem fazer a festa.
Dão cambalhotas e tropeços.
Chamam à si a razão do riso.
Na platéia vibram entusiasmados.
Crianças, de olhos brilhantes.

Pedem mais palhaçadas.

Amor, amo muito nos sonhos que tornam a vida um picadeiro de emoções.
JoeSorren. apelidado de Palhaço. ótimo trabalho!

sexta-feira, junho 09, 2006

descaso de todos.


O Analfabeto Político
O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.

Bertold Brecht

(...)
As pessoas se silenciam quando perdem o rumo.
As pessoas se consomem pelo medo.
As pessoas se divertem em verem como telespectadores de novelas cenas cotidianas pavorosas.
O circo do terror já esta tão impregnado na pele que quem ousa falar dele é no mínimo eloqüente.

(...)
Nos consome uma certeza de que somos, graças a ignorância, ausentes de todo mal. Nos vemos pessoas de bem, que fazem o bem, que buscam se aprimorarem enquanto seres humanos.
(...)
Achar que engoliu um sapo maior que a boca é perceber que você está longe de ser alguém melhor.
Retalhos de um texto antigo. Menos do quê a apatia alheia. Sofrível pelo desabafo que é. De um ato tão repulsivo quanto condenável. Nada que lhe surpreenda. Você já o cometeu. A defesa como ensinamos sempre foi o melhor ataque.

alfama.

foto: olhares.com (cá entre nós, um lugar fantástico!)

Vou colocar suas cuecas para secar?
Já lhe dei de tudo.
Roupa limpa foi a gota.
A gota d’água daquilo que merece e me cabe.
De todas as liberdades, faltou-me a do “não”.
Dei lhe amor à pagar em suaves prestações.
As pilhas de jornais pelos cantos da sala,
multiplicaram-se pelos móveis, sofá e banheiro.
Nem o pão ficou sem ler as crônicas do jabor.
Devia saber, você gosta dele, quem seria mais
patético? Eu, afinal eu gostava de você. Bem,
as vezes penso que ainda gosto.
Do cheiro. Do teu cheiro impregnado no travesseiro.
Mas não te quero. Não mais morando aqui.
Por ti deixei os amigos de lado, larguei o cigarro.
Sem falar da cerveja, os bares novos que não conheci.
Em resumo perdi um gato, sim, o Nicolau.
Traído foi-se embora e nem sinal.
Me prometeu filhos com prazo de fabricação à expirar.
Para provocar ouvia gil, caetano, alto lá, mesmo.
Chorou na morte do “nhonho”, no enterro do meu tio-avô não foi.
Por essas e outras já devia ter te dado um pé na bunda.
(interrompida, reflete e responde: Sim, a essa altura já secaram, amor.)
Aonde estávamos mesmo Fulana?


Por isso sempre valerá a máxima.
“Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher.”

quinta-feira, junho 08, 2006

Maldade!?!


"(...) só não te convidava pra tomar um refresco de capim e limão porque soaria arisco. (...)"


naqueles outros dias em quem a pessoa escolhe não pronunciar-se cabem dúvidas fúteis.
mas o silêncio interpela-as quando simplesmente provoca exacerbada indiferença.
(...)
já não tem mais importância. a indiferença encerra tudo o que for.

quarta-feira, junho 07, 2006

De sentido fazemos a vida que levamos


"(...)
O cuidado com que nos fizeste.
Com requintes de detalhes que se perdem à vista.
Sombras e linhas de expressão.
A traduzirem os sentimentos remotos.
(...)
Aquilo que somos traduzidos na fragilidade que consistimos.
E como cabe uma alma em corpo tão limitado?
O que nos espreita quando os olhos não se abrem?
A amargura que transita fervida nos olhos pálidos.
O corpo que sustenta apático o silêncio da alma.
Aquilo que nos preenche a cor que insulta o outro.
De decadência se constrói a história que deixamos.
Aos nossos com amor, o peso de nos verem sucumbir.
No corpo se conforta o tempo, odiado por nós mesmos.
E por intermédio dele vemos trafegar a ilusão que nos cerca.
Olhos de púrpura que alcançam nossos medos.
A fúria que os salta, desbrava o infortúnio destino.
Somos iguais de imagem que sobressai distintas.
Com percalços que nos marcam de maneira única.
Somos fruto daquilo que mantemos respirando dentro de nós."
(...)
"Te cabe almejar a felicidade que lhe consiste. Saiba, a alheia."
David Ho
ventre

sussurro


"Dias a fio. Sem o que sequer preciso para defender-me de mim. Espero encontrá-lo em breve. Faz-me muita falta. Pequenos desejos dos tantos superficiais subterfúgios."

"(...) e um almejo próspero. Quero aquele alter-ego falido. Talvez ajustem ao meu número. Não me custa nada tentar outra vez."

"De rabo de olho fito atônito o teclado entre dedos."

Björk. aos montes.

aquele traço, curvo. em curvas.


esboço.
abre a boca e esboça aquela reação.
fecha os olhos e esboça aquele gesto.
toca os lábios e esboça todo o querer.
sente a pele e esboça o arrepio que te consome.
deixa esboço do que vivemos.
anota em traço teu último grito.
soma em linhas tortas minhas mentiras.
sublinha em caneta esferográfica, meu caminho pontilhado.
ronda meu sono, no sonho que consome desejo.
peca, estapeia, esperneia, emudece,
mas aplaude o esboço que hesita, e não nega.
olha nos meus olhos esboço dos seus traços.
sente no meu cheiro, impregnado suor da tua pele.
rasga meus bilhetes, meus percalços, uns perdões atados.
digere o café que te trouxe de pão murcho.
toca a minha mão com tua palma.
pressiona teus dedos contra a parede.
suplica amores trôpegos, alcoólatras.
sugere traçar por cima, minha linha de raciocínio.
comete a gula de alimentar-te de mim.
só mais uma vez, mas perdura na conta fiada
tuas dívidas, a pagar em prestação
assim não acabo-me antes de acabar contigo.
amor bandido. desprendido. sem amor.

naquela sala de paredes vazias, jazia.


(...)
só na sala.
nenhum resquício de odor me atribula os pensamentos.
em silêncio, vejo atravessar o calafrio da fresta.
quem fomos por tempo demais?
estive de véu e grinalda, com o rímel já nos lábios.
pensava em toda a ruptura do presente movimento.
sonhei em lhe ver diante de mim.
todos os nossos momentos resumidos numa qualquer palavra.
faltaria em nossos vocabulários o destino da angustia.
sempre deixando de lado aquilo que não convém.
assalta o peito um ruído na porta.
os dentes enfeitam-se para a festa.
a porta ronca, estica, perturba um silêncio mórbido.
fecho-os de tanto se apertarem pelas bochechas.
respiro ausente da pressa de cometer-me um esquivo.
o odor me entranha à pele.
da solidão se ocupa a ausência de si.
oriundo dela prolifera a escassez de um outro qualquer.
numa realidade em que me faltaria tudo.
nunca me faltou à criatividade que me impede de ruir.
(...)

amor que enlaça os sonhos


entre o berro que ecoa no precipício da razão e toda a eloqüência
travestida nos bons modos de nossa educação...
entre o limiar do silêncio e do rompante do grito estridente...
entre o malôgro de nós e nosso intrínseco desespero...
entre a plena felicidade que sobrevive num segundo inteiro...
entre o meu corpo e o seu enquanto repousamos...
entre o que sonho e o que vejo materializado duma fantasia qualquer...
entre o meu amor e todo o medo...
entre nossos dedos...
entre nossos lábios...
meu amor...
(...)
lembranças dum amor sempre revigorado!
naqueles dias de uma história de poucos dedos.

terça-feira, junho 06, 2006

a misericórdia por aqueles comuns

(...)
não que o homem não possa ser tudo aquilo que compreenda nojo.
a ausência de novas respostas a todas aquelas perguntas que nos perseguem ao longo da vida nos trás a cólera da amargura.
e o que custa se provir de uma qualquer mediocridade em nome de uma vã, porém possível felicidade em nós.

(...)
num final como aquilo tudo que iniciamos a algum custo.
tudo é posto em xeque.
não haverão mais groselhas por aqui. nem tortas aromadas com canela.
nem com o tempo poderiam esquecer as macieiras do gosto que provaram aos seus pés.
a nenhum homem se daria a dignidade de esquecer tempos como aquele.

e nem se fossemos nós, esqueceríamos aquilo de que fomos cúmplices.
apesar do peculiar sentido que havia em cada um de nós.



(...)
o filme. Dogville