breviedades pausadas

breviedades pausadas
entre o verde o vermelho

quinta-feira, setembro 13, 2007

aos tons que florescem

o amarelo, o azul e o branco, cores do entendimento universal tomarão o salão.
lírios, rosas, copos de leite.
topiarias nas mesas decorando e dando boas-vindas aos que ali sentarão.
chocolate, damasco, figo, nozes, ovos. afins de tantas receitas de dar água na boca.
por toda parte.
um prato nobremente brasileiro servirá a todos. que se fartarão. de certo.
e será lindo, de sol radiante abençoando o dia.
um momento que venho feliz e esperançosa construindo!

quarta-feira, setembro 12, 2007

o que há de vir prescreve

prescreve, ora suscita...


o tempo tem pernas que sabe eu não titubeiam, em passos largos, firmes leva tudo consigo. células, pele, moléculas. e tudo mantem-se preso, enraizado. do pó viemos, ao pó voltamos, não necessariamente agora. até porque o que prescreve aparece sublinhado no sol dos olhos de quem pensa. algo que vem seguido do cumprimento das convenções, quase aristrocráticas. diplomacia que vem carregada de amor e de querer fazer tudo permanecer vivo na memória que um dia foi relapsa e hoje busca entusiasmática o recordar do ontem e o preservar do amanhã.


eu sim, vou manter vivo as convenções e tornar o dia, uma memória.
=)

sim, falta muito pouco agora!

quarta-feira, julho 25, 2007

servimos a toda história de nós

















aquilo que nos testa.
os dedos andam assoberbados.
melados de chocolate e açúcar.
há alguma saudade que estanca.
de algo de nós abdicado.
somos sempre novos dos velhos que fomos.
e há de antes o nosso já feito.
olhar pra si e revisitar o erro.
pensar em algo que nos lembra o medo.
fotos e papéis de dias antigos. saber de si efeito do ontem.
somos amontoados de feridas e hematomas.
e tu me beija a marca e diz que sara.
tua saliva fecha um qualquer que estanca.
eu sorrio só de te ver. é o brilho dos olhos que sacia a fome.
você é a fome. e o antepasto. e toda e qualquer gula a que me submeto.
penso nas tardes absolutas.
e você me fala de filhos.
quero um repetido novembro.
catalogo fotos. reescrevo e corrijo antigos de mim.
alguns apertados em portas que já fechamos.
outros carentes entre lacunas na memória.
e você enquanto impulso nervoso.
revi os ruivos, ora loiros cabelos manchados de hoje. castanhos.
revi algumas marcas que cresceram no corpo
e outras que remetem há algum espaço desocupado.
somos sempre acúmulo de histórias. resignados a memória relapsa.
hoje eu faço becaup de tudo.

quarta-feira, junho 13, 2007

pé ante pé















rosas de chocolate pro meu amor. nossas rosas, ao nosso amor.



http://www.flickr.com/photos/maludoces
esse eu assino. rs

quinta-feira, abril 12, 2007

nós de nós mesmos

entre nós e nossas dúvidas recorrentes.
perguntas de muitas culpas engavetadas.
tantas questões amontuadas em algum quarto trancado.
sem janelas, sem frestas, de porta que quer se ver entreaberta.
ali junta-se mofo, que empelota o peito.
mofo, subproduto da mágoa resolvida,
melhor, guardada no canto do quarto.
se a luz pudesse entrar veríamos tudo de nós,
pelos cantos que já perderam seu espaço.
de fora do quarto, estamos fadados ao cheiro.
que atravessa as paredes e se propaga pela casa toda, vazia.
saímos pela porta e vemos do jardim a casa ruir.
mas não desaba, o que não está resolvido submete-se.
perdura mantendo em pé paredes e carcaças do que já fomos.
o jardim por sua vez cresce, induzindo a continuidade do tempo.
aos poucos o medo se abafa pela polvorosa curiosidade.
e de passos leves retornamos a casa.
sentamos na sala e nos relemos em alguma ficção.
o cheiro nos induz ao relaxamento.
queremos aceitar aquilo de nós entre nós mesmos.
e o jardim flagra o momento em que os alicerces cedem.
e a poeira que sobe é a matéria à qual sempre retornamos.

quinta-feira, março 29, 2007

à quem quiser.

...

sobra espaço branco translúcido.
falta linha de raciocínio.
tantas questões se embaralham por aqui.
nesse curto espaço abarrotado.
e ainda resta a pausa.
que sonega o trabalho, acumula-o.
e o tempo corre.
enquanto o fôlego se supre na expectativa.

aquela que tal como a esperança,
nutri por dias de glória.

quinta-feira, março 15, 2007

entre dedos

tua pele friccionada na minha.
teu calor trocado pelo meu.
olhos que se encontram pausados.
e entre dedos ficamos juntos.

terça-feira, março 06, 2007

e eu pensando em você



abri a porta, minutos antes ainda estava aqui.
o tempo que deveria congelar-se, acelera.
e você sempre se vai antes.
abri a porta na expectativa de revê-lo, ainda ali.
sorrindo frente a porta do elevador.
infelizmente o tempo corre sempre depressa quando juntos.
e me consumo pela saudade que corre pelas veias.
há um espaço enorme que deveria ser preenchido.
mesmo já havendo espaços abarrotados.


amor em doses cavalares.

flores brancas


desperta aos poucos.
delicadeza.
flui, como se pode esperar.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

E os carnavais passam, sem créditos

penso eu, será que alguém soma pontos?

não valem fodas, carícias e amassos.
afinal surgem barrigas, mas não se formam famílias.


então eu conto, qntos carnavais valeram a pena?
nenhum.
nem mesmo aqueles em que de boa fé pulei, festejei e dancei.
sempre alcoolizada, sempre odorizada pela nicotina.



Desiderata à todos os de boa fé.

Não queiram polemizar.
Opiniões divergem e pontos de vista não estão abertos a discussão.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

em outros carnavais

Chegou bufando. Sem ar e de saco abarrotado.
Sabe-se lá o que aconteceu.
Se fosse eu seria pelos meninos de meninas que não gosto.
Também pudera, homem barbudo de minissaia eu não engulo.
Se fosse eu seria o calor. Gente demais, pele demais, úmido demais.
Se fosse eu seria o trânsito. Nessa época todos saem na rua.
Vai saber porque. Gente parada engarrafando a calçada.
Me incomoda.
Se fosse eu seria pela música que toca em alto e bom som.
Nesses dias é difícil ouvir algo mais calmo, sereno.
E todos ficam assim, descontrolados, eufóricos.
Se fosse eu seria o mau humor da TPM.
É de praxe ficar com os hormônios a flor da pele.

Mas não sou eu.
Afinal eu nem quis sair de casa. Decidi-me que nesses dias eu faço retiro dos outros.
Então pensei, pergunto?

Não precisa. Nesse inter ele fala pelos cotovelos. Fora do comum.
E solta, alivia a tensão muscular.
Bem, sorrio pra mim, ele não é bem eu, mas pensa como se fosse!