breviedades pausadas

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entre o verde o vermelho

quinta-feira, junho 25, 2009

Quanto de nós por algum lugar

e o tempo prolonga-se. falsa apatia de acharmos que estará sempre pra nós.
olho o hoje nostálgico. ganhei tanto em tão pouco e ainda assim pesa alguma tristeza.

pensei que miséria podia ter, que nem com amor possa aplacar a fome.
e alimenta-se alguma fome particular. gerada, ela, por insanidade temporária talvez.

ou por consciência da escolha sem volta. mesmo que quisesse, se voltasse ferir-me ía.
fazer tudo igual. somos assim. semear e plantar, contínuo.

olhar no espelho e não encontrar-se. já fui outra, por dentro.
penso, que líneas nos descrevem este momento. adulta.
por isso talvez nossos pais se dediquem a nos importunar,
querendo preservar nossa infância por mais do que consideramos razoável.
no fim repetimos eles. sei disso, agora.

quero poder contar felicidades, das diárias doses cavalares de amor despreendido.
eu a amo tanto. e ainda assim a maternidade não é algo por inteiro.
é parte de nós. em algum lugar.