breviedades pausadas

breviedades pausadas
entre o verde o vermelho

quarta-feira, julho 01, 2009

pensando na bezerra

as vezes pensar não parece útil.
ocupa um espaço ocioso que deveria continuar vago.
ainda assim comi um biscoito chinês e fiquei boquiaberta.

eles devem estar atrás da porta. porque sempre parece uma luva de pelica.

nem compararia aos horóscopos, pouquíssimo verídicos.
outrora digo, nem sempre se ocupar quer dizer estar ocupado.

quero tão só resgatar alguns anos e constatar que sou ainda mais titia.
assim passo a dormir assoberbada e tranquila, por deixar o ócio num lugar mais propício.
o anonimato.

quinta-feira, junho 25, 2009

Quanto de nós por algum lugar

e o tempo prolonga-se. falsa apatia de acharmos que estará sempre pra nós.
olho o hoje nostálgico. ganhei tanto em tão pouco e ainda assim pesa alguma tristeza.

pensei que miséria podia ter, que nem com amor possa aplacar a fome.
e alimenta-se alguma fome particular. gerada, ela, por insanidade temporária talvez.

ou por consciência da escolha sem volta. mesmo que quisesse, se voltasse ferir-me ía.
fazer tudo igual. somos assim. semear e plantar, contínuo.

olhar no espelho e não encontrar-se. já fui outra, por dentro.
penso, que líneas nos descrevem este momento. adulta.
por isso talvez nossos pais se dediquem a nos importunar,
querendo preservar nossa infância por mais do que consideramos razoável.
no fim repetimos eles. sei disso, agora.

quero poder contar felicidades, das diárias doses cavalares de amor despreendido.
eu a amo tanto. e ainda assim a maternidade não é algo por inteiro.
é parte de nós. em algum lugar.

quarta-feira, março 26, 2008

hoje de manhã

há tantos olhos e quem vê de fato?

por entre as sombras da caverna que em torno de nós rui, sobrevive a insensatez dos adivinhadores. toda uma história parca do homem e seu progresso equivocado comprometido pelas sombras refletidas na parede da caverna, que neste momento está abarrotada de carbono.

e penso por instantes demais ao longo do consumível dia caótico... o que nos resta pontuar quando os amigos que lemos entre linhas de raciocínio tão familiares dizem desentendidos da história sobre nossa própria esperança.

no ventre agora germina uma vida tão mais importante que eu, e ainda me resta viver a maternidade.

quinta-feira, setembro 13, 2007

aos tons que florescem

o amarelo, o azul e o branco, cores do entendimento universal tomarão o salão.
lírios, rosas, copos de leite.
topiarias nas mesas decorando e dando boas-vindas aos que ali sentarão.
chocolate, damasco, figo, nozes, ovos. afins de tantas receitas de dar água na boca.
por toda parte.
um prato nobremente brasileiro servirá a todos. que se fartarão. de certo.
e será lindo, de sol radiante abençoando o dia.
um momento que venho feliz e esperançosa construindo!

quarta-feira, setembro 12, 2007

o que há de vir prescreve

prescreve, ora suscita...


o tempo tem pernas que sabe eu não titubeiam, em passos largos, firmes leva tudo consigo. células, pele, moléculas. e tudo mantem-se preso, enraizado. do pó viemos, ao pó voltamos, não necessariamente agora. até porque o que prescreve aparece sublinhado no sol dos olhos de quem pensa. algo que vem seguido do cumprimento das convenções, quase aristrocráticas. diplomacia que vem carregada de amor e de querer fazer tudo permanecer vivo na memória que um dia foi relapsa e hoje busca entusiasmática o recordar do ontem e o preservar do amanhã.


eu sim, vou manter vivo as convenções e tornar o dia, uma memória.
=)

sim, falta muito pouco agora!

quarta-feira, julho 25, 2007

servimos a toda história de nós

















aquilo que nos testa.
os dedos andam assoberbados.
melados de chocolate e açúcar.
há alguma saudade que estanca.
de algo de nós abdicado.
somos sempre novos dos velhos que fomos.
e há de antes o nosso já feito.
olhar pra si e revisitar o erro.
pensar em algo que nos lembra o medo.
fotos e papéis de dias antigos. saber de si efeito do ontem.
somos amontoados de feridas e hematomas.
e tu me beija a marca e diz que sara.
tua saliva fecha um qualquer que estanca.
eu sorrio só de te ver. é o brilho dos olhos que sacia a fome.
você é a fome. e o antepasto. e toda e qualquer gula a que me submeto.
penso nas tardes absolutas.
e você me fala de filhos.
quero um repetido novembro.
catalogo fotos. reescrevo e corrijo antigos de mim.
alguns apertados em portas que já fechamos.
outros carentes entre lacunas na memória.
e você enquanto impulso nervoso.
revi os ruivos, ora loiros cabelos manchados de hoje. castanhos.
revi algumas marcas que cresceram no corpo
e outras que remetem há algum espaço desocupado.
somos sempre acúmulo de histórias. resignados a memória relapsa.
hoje eu faço becaup de tudo.

quarta-feira, junho 13, 2007

pé ante pé















rosas de chocolate pro meu amor. nossas rosas, ao nosso amor.



http://www.flickr.com/photos/maludoces
esse eu assino. rs