breviedades pausadas

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entre o verde o vermelho

sexta-feira, agosto 18, 2006

folhas demais.

Um tanto de nós deixado de lado.
Assim ressentem as folhas riscadas,
rabiscadas, remexidas.
Aquele branco que atravessa a retina.
Tenta esburgar a alma.
Deixar-te de entranhas expostas.
Verdades em demasia confessionais.
E o silêncio te atropela. Por ora o descasso soberbo.
Estão todos ocupados demais com seus castelos.
E na areia frágil, de que somos, estamos sempre na estaca zero.
Nós, no recomeço permanente de nossos medos, diria.
Mas aqui reina uma qualquer tranquilidade.
De tantos sobrenomes, apatia.
Nos dias longos demais, que parecem iguais, mesmo quando flagrados na cena.
(...)
Sabe-se que a criatividade é proporcional à um qualquer fracasso.
Quer melhor personagem do que si próprio?
(...)
Tendem sempre a crer que somos como nossos dedos descabidos.
Que falam por si só, sem consentimento das demais partes que me cabem.
Mas cá entre nós, assim como folhas em branco, as palavras não lidas.
(...)
Ressentidas, por uma falta de amor.

3 comentários:

Clara Mazini disse...

As palavras não podem não serem lidas, mesmo quando nos acostumamos à apatia.

Nana Magalhães disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Nana Magalhães disse...

você me fez chorar, babe.
meus personagens; por tantos mundos, buscas, tantas diferenças,...
sou sempre eu, em cada pedaço deles. todas essas diferenças são minhas. buscando o que realmente sou ou o que gostaria de ser.

quero te ver!
combinamos pra domingo?
;*