
avulso.
entre nós, ar.
entre-ar.
distantes até não sentirmos calor.
calor humano, do outro.
outrem, que vem e vai, e é assim, igual.
somos assim, parecidos.
cabelos, unhas, uns sorrisos sozinhos.
e andamos num sentido que ás vezes respira,
engasga.
para algum lugar comum, nosso.
dentro de nós, velado, outra vez só.
penso, não, não penso tanto, nem em nós, comuns.
porque ao acaso somos, jogados,
em ventos que nem sempre sopram.
os olhos brilham, longos, minto, não brilham tanto.
O amor ás vezes ofusca os olhos, como cílios que caem.
a intensidade é inversamente proporcional a felicidade,
qual felicidade era mesmo?
sim, ao comum, a felicidade de todos que amam sem demasia.
os outros andam, perambulam. como nós. sem mais.
somos todos doses de relacionamentos superficiais.
ao menos quase todas ás vezes ao longo dos dias e dias.
e os olhos não se trocam, os braços se degladiam.
e o contato mais longo é o esbarro alheio, quando sonolento.
sem mais. sem mais nada mesmo.
afinal avulsos como todos os eus comuns dentro de nosso mundo-anonimato.