breviedades pausadas

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entre o verde o vermelho

quarta-feira, outubro 04, 2006

primórdios

Do homem que pouco se tem.
Ao homem que pouco se acha.
Nas entranhas que nos custa crer.
Ao silêncio que nos degrada.
Pelos olhos turvos dos dias.
Para dedos presos pelo medo.
Na caverna que pouco nos diz.
De todos os anúncios que nos fizeram,
em outros tempos.
No fim que acomete a todos,
todos ao mesmo tempo, no que dizem alguns.
Mortos estamos hoje, homem se liquefez.
O alter-ego falido, por previsão do homem
que tenta se construir, no padrão homem,
tão comum à todos os outros homens mais ou menos.

mais ou menos história, fábula de si.
menos verdades absolutas.
mais medo e subordinação.
O homem sociedade amarra o nó, nos quer ali,
contidos nele, enquanto figuras representativas,
homem social.
Nem mais um odor, ou rastro de baixaria, "selvageria".
Somos matéria homem, homem subproduto do meio,
meio composto por homem, decomposto figura social.
Aquele que cria submete-se a criação do gênero, da gênisis e do medo.
Engole guela abaixo ou cu adentro. Atento a não convergir,
tendencioso a ser o novo homem a criar o homem.
Silêncio e homem, sinequia.

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