breviedades pausadas

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entre o verde o vermelho

segunda-feira, junho 12, 2006

amor. te quero bem.



discursava sobre modos.
ouvia atenciosamente seus delírios.
submetia-se as chantagens emocionais.
rompia seu limite físico e a deleitava de prazer.
mexia-se menos para lhe dar espaço.
engolia choro a seco para evitar-lhe desconforto.
contava suas histórias para lhe agradar.
escrevia bilhetes para lhe declarar.
a abraçava para lhe proteger e envolver.
sussurrava injúrias eternas para lhe acalmar.
a acariciava para externar afeto.

sonegava seu sono para vê-lo dormir.


amava tanto de um jeito só teu. peculiar como eu te queria bem em si.
assoprava no ouvido direito antíteses do esquerdo afloradas de ira no verbo.
sozinhos contavam as horas para se revisitarem. nos trejeitos soberbos se procuravam de rabo de olho.mas sempre foram eloqüêntes. e como se amavam tanto.
aquele amor que deixa frutos. no solo irrigado do peito que sente.

e quem ama outrora se ama outra vez. sem resquícios de mentir para si sobre o anseio ressabiado de acalentar.

2 comentários:

Clara Mazini disse...

Se amar outra vez. Isso é importante.
E como.
Outra vez... tem q ter essa vez.

:*

Nana Magalhães disse...

há uma grande sintonia entre eu e seu blog.
um beijo