breviedades pausadas

breviedades pausadas
entre o verde o vermelho

quarta-feira, junho 07, 2006

De sentido fazemos a vida que levamos


"(...)
O cuidado com que nos fizeste.
Com requintes de detalhes que se perdem à vista.
Sombras e linhas de expressão.
A traduzirem os sentimentos remotos.
(...)
Aquilo que somos traduzidos na fragilidade que consistimos.
E como cabe uma alma em corpo tão limitado?
O que nos espreita quando os olhos não se abrem?
A amargura que transita fervida nos olhos pálidos.
O corpo que sustenta apático o silêncio da alma.
Aquilo que nos preenche a cor que insulta o outro.
De decadência se constrói a história que deixamos.
Aos nossos com amor, o peso de nos verem sucumbir.
No corpo se conforta o tempo, odiado por nós mesmos.
E por intermédio dele vemos trafegar a ilusão que nos cerca.
Olhos de púrpura que alcançam nossos medos.
A fúria que os salta, desbrava o infortúnio destino.
Somos iguais de imagem que sobressai distintas.
Com percalços que nos marcam de maneira única.
Somos fruto daquilo que mantemos respirando dentro de nós."
(...)
"Te cabe almejar a felicidade que lhe consiste. Saiba, a alheia."
David Ho
ventre

Nenhum comentário: